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Transplantando uma orquídea

As orquídeas apresentam dois tipos de crescimentos: o monopodial, com crescimento terminal em um único eixo e o simpodial, com brotação lateral.

Em muitas orquídeas simpodiais, o caule pode ser constituído por uma porção rasteira, o rizoma, e uma porção vertical engrossada, o pseudobulbo.

Nas monopodiais, o caule é alongado, não existe rizoma ou pseudobulbos.

Pois bem, diante destes esclarecimentos iniciais, mas necessários, já podemos passar diretamente para o assunto tema deste post.

Transplantando uma orquídea.

Já vimos em um post anterior a preparação do substrato no vaso para recepcionar uma nova orquídea. Partiremos então daquele ponto para podermos explicar a melhor maneira de se transplantar uma orquídea.

Antes de adentrarmos no transplante propriamente dito, convém observar que a planta a ser transferida deve ser retirada do vaso de origem com o máximo de cuidado para não danificarmos as suas raízes. Feito isto, devemos separá-las em duas ou mais partes se houverem pseudobulbos suficientes e raízes idem, para dar surgimento a novas plantas. Na sequência devemos lavá-las em água corrente para tirar todo o rastro do antigo substrato, bem como as raízes mortas, ressecadas ou danificadas. Depois de todos estes preparativos, poderemos então dar início às técnicas do transplante.

Se se tratar de uma orquídea simpodial, as quais temos como exemplos a Cattleya e a Laelia, deveremos observar o lado para o qual ocorrem as brotações, para o fim de posicioná-la no novo vaso. Como a sua brotação é lateral, linear, devemos posicionar a sua parte de trás em direção à borda do vaso, para possibilitar o seu desenvolvimento livre em direção à borda oposta do vaso. Aconselha-se a cobrir com substrato somente as raízes, deixando os pseudobulbos livres para evitar o perecimento da planta por apodrecimento.

Porém, se a orquídea for do tipo monopodial, das quais citamos como exemplos a Phalenopsis e a Dendrobium, devem ser transplantadas bem no centro do vaso, uma vez que o seu crescimento ocorrerá em direção ao seu próprio eixo, isto é,verticalmente.

Em ambos os casos deve-se observar as mesmas regras para a fixação do planta no substrato.

Finalmente, é importante observar que a orquídea recém transplantada só começará a se desenvolver plenamente a partir da fixação das raízes no substrato e até mesmo nas bordas do vaso. Para que esta fixação ocorra com mais rapidez, sem pejudicar o desenvolvimento da planta, é aconselhável sustentá-la com tutores, que nada mais são do que hastes de arame ou de bambú destinados à manutenção e sustentação da orquídea no seu novo vaso.

Obrigado por sua visita e até o próximo post.

A acomodação do substrato no vaso

O substrato é o meio pelo qual a orquídea se sustenta durante a sua vida. Além dos nutrientes nele presentes, outros (adubos) são necessárias ir se incorporando ao longo do tempo para possibilitar um desenvolvimento saudável para a planta.

Neste post procurarei transmitir alguns conceitos sobre como acomodar o substrato em um vaso com vistas a receber uma planta de orquídea.

Primeiramente há de se escolher o tipo e o tamanho do vaso. Para planta pequena, também pequeno deve ser o vaso, para evitar o acúmulo de umidade e acabar provocando o apodrecimento das raízes da orquídea. Se maior a planta, por óbvio, também maior deverá ser o vaso.

Já no tocante ao tipo de vaso, acreditamos que este detalhe já não é tão importante quanto o é para a escolha do seu tamanho. Existe no mercado uma variedade enorme de vasos, de todos os tipos e tamanhos e que servem perfeitamente para o plantio da orquídea.

Algumas espécies de orquídeas, como por exemplo a Cattleya, se adptam bem em vaso de plástico transparente, pois este possibilita o contato da luz do dia com as suas raízes, ajudando assim no seu desenvolvimento.

No entanto, também se adptam perfeitamente em vasos de plásticos pretos ou mesmo de argila. Os de argila oferecem mais opções de recursos à planta, já que possuem vários furos, inclusive em sua lateral, são porosos, fato que ajudam na manutenção da umidade sem encharcamento.

Acomodando o substrato no vaso.

Antes de colocarmos o substrato no vaso, é necessário que o forremos com uma camada de cacos de telhas ou tijolos, pedras ou isopor, para possibilitar a melhor drenagem da água, evitando assim o encharcamento e consequentemente o apodrecimento das raízes da planta.

Particularmente preferimos o isopor, pois é fácil de ser encontrado e manuseado. Além dessas características, possuem também a de afugentar certos tipos de pragas. Deve-se dar preferência ao isopor utilizado em embalagens, principalmente as de eletro-eletrônicos, pois é mais compactado, característica esta que também contribui para afastar pragas.

Mas se o vaso que se for utilizar para o plantio da orquídea for de plástico e muito leve e a planta for de tamanho grande, a utilização dos cacos de telhas está indicada, pois contribui para a manutenção do vaso em pé, mesmo diante da movimentação do ar.

Se o vaso a ser utilizado for de argila, aconselha-se a deixá-lo submerso na água por algum tempo para umidecê-lo, evitando assim que após o plantio ele absorva toda a água do substrato.

Assim sendo, somente após a forragem do fundo do vaso com esta camada de dreno é que devemos adicionar o substrato em quantia suficiente para o plantio da orquídea, observando para que fique cerca de um centímetro abaixo da borda do vaso. Feito isso, o vaso está pronto e preparado para receber a nova orquídea.

Em um outro post será esclarecida a forma correta de transferir uma orquídea para o novo vaso. Até lá!